Milton Nascimento e Lô Borges são processados pelos meninos da capa do Clube da Esquina
Foto: Tulio Santos/EM/D.A Press
Os meninos (agora homens) que estamparam o disco do Clube da Esquina, no início dos anos 70, entraram na Justiça com um pedido de danos morais contra os compositores Milton Nascimento, Lô Borges, a gravadora EMI e editora Abril.
Em 1972, Antônio Carlos Rosa de Oliveira, o ‘Cacau’ e José Antônio Rimes, conhecido como ‘Tonho’, foram clicados pelo renomado fotógrafo e artista plástico, Cafi, que faleceu em janeiro de 2019, aos 68 anos. Os garotos estampam um dos mais emblemáticos discos de MPB, o Clube da Esquina.
Após 40 anos do lançamento do álbum, a jornalista Ana Clara Brant, do jornal Estado de Minas, foi atrás dos personagens para fazer uma reportagem especial sobre ‘os meninos da capa’ e, após uma longa pesquisa, conseguiu identificá-los em Nova Friburgo (RJ) para promover o reencontro.
No entanto, depois de tal descoberta, a dupla levou os artistas e todos os envolvidos na produção do álbum de 1972 na Justiça do Rio de Janeiro, pelos direitos do uso de imagens e danos morais envolvendo a fotografia.
De acordo com as informações divulgadas pela Folha de S. Paulo, Milton e Lô assinaram o disco que foi lançado pela EMI e, mais tarde, transferida à Universal. A editora Abril remasterizou o álbum para uma coletânea dedicada à MPB e alega que tem autorização da Universal para reproduzir a capa. Nesse ‘jogo de empurra’, a EMI afirmou que o compositor Ronaldo Bastos cedeu os direitos do material gráfico à produtora. A defesa dos artistas informou que o prazo para prescrição das indenizações solicitadas é de três anos e, de acordo com os advogados, ambos foram contratados para interpretar as canções, não para produzir, fabricar e comercializar os discos.
O processo está em trâmite no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desde 2012.
Fonte: Folha de S. Paulo e outros veículos
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